quinta-feira, 13 de maio de 2010

Nem mais um tostão para a falsa informação


aqui se falou dos jornais a pataco que Alberto João Jardim garante aos madeirenses que lhe são afectos com o nosso dinheiro. Simples: o histórico DN da Madeira, porque se nega a ser incondicional do caudilho, custa 0,80 €, o JN, antigo jornal da diocese agora propriedade do Governo, só custa 0,10 €. E custa 10 cêntimos para poder receber os contratos, mais benefícios, leoninos, do próprio Governo, que o suporta.

Ilegal? Não é. O anterior Governo do PS ainda aprovou uma lei que punha cobro a tais situações. Mas perante a Oposição de Ferreira Leite e de Rangel, o tal da "claustrofobia democrática", Cavaco Silva vetou.


Jardim cortou ao DN qualquer parte na publicidade do seu Governo e de empresas por si criadas que são às centenas. Não contente com isso, deu ao seu Jornal da Madeira "42 milhões de euros na última década que corresponde a cerca de dois euros por exemplar". Eis o que acaba de determinar a demissão do director Luís Calisto.

Aposto que Cavaco Silva não virá a público clamar por transparência nas relações de um governo, de que ele é o padrinho (lembram-se da visita de Cavaco à Madeira?), com um órgão da comunicação social. Olha se fosse a PT a tentar comprar uma participação muito minoritária da TVI de Manuela Moura Guedes! Manuela Moura Guedes, heroína, santa e mártir da Pátria, padroeira da transparência, ao lado de Jardim, segundo escutas de Belém. Escutas, de escuteiros, obviamente, que eu não tive qualquer encontra na Avenida de Roma com Fernando Lima.

Aposto que nem Pacheco Pereira nem Agostinho Branquinho, nem muito menos Guilherme Silva, irão apoiar uma comissão de inquérito ao sufoco da democracia na Madeira (qual claustrofobia qual carapuça, ali é a sério!).

Aposto que ninguém quererá saber dos 42 milhões gastos numa década para apoiar o Jornal da Madeira, nem dos muitos milhões ao largo de várias décadas para pagar O Diabo do Continente, nem do forrobodó que salta à vista quando se visita a Madeira ─ estive lá em Fevereiro, antes das inundações e dos pactos contra natura que suportam Jardim, não é apenas Cavaco Silva que lhe pega ao colo, sempre que o menino faz birra.

Aposto que ninguém vai querer saber das ribeiras aprisionadas pelo betão, quando se tem dinheiro a mais, cumplicidades em Portugal e se conseguiu esmagar todos as veleidades de crítica interna.



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