sábado, 31 de julho de 2010

E se a guerra dos touros levasse à independência da Catalunha...

Já aqui prestei, na senda de Orwell, a minha Homenagem à Catalunha por terem repudiado a barbárie da chamada fiesta brava e escolhido alinhar com as nações civilizadas que há muito condenam e proibem as torturas dos animais, ainda por cima como espectáculo de divertimento, seja no circo, seja nos bas-fonds dos combates de galos, de cães, de gladiadores, de leões e cristãos, como nas arenas da Roma antiga.

Aceito, e não acho nada mal, que ao fazê-lo os deputados do Parlament de Barcelona se tenham arrogado, como nota Bruno Sena Martins, uma certa "superioridade moral dos catalães" em relação ao resto dos espanhóis, que continuam hipocritamente a reivindicar as touradas como tradição honorável, quem quer vai e quem não quer fica e viva a liberdade!

Assim, designadamente, Esperanza Aguirre, líder da Comunidade de Madrid, para quem, pasme-se, seria importante que a Unesco reconhecesse "o interesse cultural" dos touradas de morte, ou para José Blanco, ministro do Fomento de Espanha, que sendo contra a proibição manifestou respeito pelo Parlament da Catalunha.

Mas o pior de todos é Mariano Rajoy que promete uma lei das Cortes a declarar o interesse cultural da tortura dos touros na arena com força obrigatória em toda a Espanha, assim fazendo da proibição um verdadeiro casus belli, como nota o El País.

Acho que fazem mal mas é lá com eles. Se persistirem nesta invasão dos bárbaros, que seria arrasar a vontade legitimamente expressa na Catalunha pelos catalães, substituindo-a pelos pontos de vista de Castela, não tenho dúvida que a Europa vai gritar ao escândalo e não deixará de mobilizar-se pelos direitos da Catalunha civilizada contra a tortura e a barbárie sobre os animais, que vigoram no resto da velha Hespanha, incluindo Portugal.

A Catalunha pode assim ganhar perante a comunidade das nações civilizadas uma espécie de direito ao divórcio, de Espanha, por maus tratos. E até pode ser que o exemplo catalão nos inspire a nós portugueses, embora haja poucas esperanças por cá no curto prazo.

Com efeito PCP e BE têm alguns dos seus feudos enterrados, como os pés na lama, no Ribatejo taurino. O CDS/PP é um partido marialva. PS e PSD não se pode contar com eles para abanar o "statu quo". Mas se a guerra dos touros levasse à independência da Catalunha... outro galo nos cantaria.


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Afinal no Público "a luta continua...


Bem me parecia que a coisa não podia ficar assim. Passadas 24 horas, no Público, no dia em que ficou à vista o bom negócio que eng. Belmiro podia ter feito se a OPA sobre a PT tivesse tido sucesso, está tudo como dantes no que à investigação do Freeport diz respeito. Sócrates ilibado? Porque os procuradores Paes Faria e Vítor Magalhães, afinal, não tiveram tempo de ouvir José Sócrates.

Pasme-se: não tiveram tempo, ao fim de dez anos, culpa do Procurador Geral da República que finalmente terá imposto um prazo ─ argumenta o grande repórter do Público José António Cerejo, assistente no processo, assim como o advogado do Bibi e o ex-autarca do CDS/PP em Alcochete Zeferino Boal. Que ninguém se esqueça deles! Não foi só a Manuela Moura Guedes e a TVI que alimentaram as calúnias e delas tiraram proveito, jornalístico.

Pois é assim mesmo: não tiveram tempo os investigadores, perceberam?. Razão, leia-se, tinha o Presidente da República para sublinhar que a Justiça tem o seu ritmo próprio e não pode ser pressionada. E não têm razão nenhuma, entre outros, Pedro Passos Coelho e Francisco Louçã, ao defenderem que "as investigações aos crimes económicos devem ser rápidas e seguir o rasto do dinheiro e não demorarem quase uma dezena de anos como aconteceu com os casos Freeport e BCP".

Os investigadores não tiveram tempo, o PGR não deixou, mas o camarada Cerejo tem tempo e não vai deixar passar a oportunidade:
Sr. Cerejo , força. Estamos consigo!. 28.07.2010 14:07
Avance, sr. JAC
Acredito infinitamente mais no sr. jornalista José António Cerejo e na sua honestidade que na de qualquer licenciado ao Domingo na UI com inglês técnico tirado por fax e que fez projectos de umas lindas casinhas em Cavadoude, Rapoula e Valhelhas.
É o que lhe diz um dos seus anónimos, logo no primeiro artigo a seguir ao arquivamento, a lamentar que afinal tudo tenha terminado numa acusação de tentativa de extorsão que "tudo não terá passado de uma maquinação dos dois consultores, que terão criado um complexo enredo de alegados pagamentos de luvas para justificar as verbas que exigiram aos promotores do Freeport".

Quem será o anónimo apoiante de Cerejo? José Manuel Fernandes, que perdeu a direcção do Público? Belmiro de Azevedo, que perdeu a OPA da PT? Miguel Urbano Rodrigues que perdeu aquela guerra contra Sá Carneiro mas ainda hoje está convencido que ele devia 33 mil contos à banca nacionalizada?

Pouco importa quem seja. "A luta continua, Barreto para a rua" e viva a reforma agrária, o controlo operário e as nacionalizações!

terça-feira, 27 de julho de 2010

O dia em que o Botas bateu as botas

MEDITAÇÃO NA PASTELARIA: Foi há 40 anos que o Salazar bateu as botas e a minha mãe acabou a noite na António Maria Cardoso, então a sede da PIDE, hoje um condomínio de luxo

Khmers vermelhos - ontem, hoje e amanhã!


Estive lá, em Fevereiro. A primeira foto é de uma das muitas paredes de Tuol Sleng com fotos de vítimas, a outra é da entrada para um dos campos da morte dos "khmers vermelhos", a 18 quilómetros de Phnom Penn. Os camiões chegavam de noite, cheios de prisioneiros torturados, vendados, aterrorizados, silenciosos, borrados, ensanguentados, alguns já mortos. Vinham de Tuol Sleng, a prisão das torturas, aos 300 por dia.

Mal se falou em Portugal (se descontarmos algumas pequenas notícias de circunstância, como esta do Público!) da condenação em Phnom Penn por um tribunal penal internacional do "Duch", Kaing Guek Eav, de seu nome verdadeiro, antigo director da prisão de Tuol Sleng, que quando estive no Camboja acabara de contar tudo em julgamento, arrependido confesso, convertido ao cistianismo desde os anos 90, ao que afirmou.


Um milhão e meio de mortos nos cinco anos em que os "khmers vermelhos", marxistas-leninistas-maoistas, governaram o Camboja sem partilha, cortados do Mundo e sem que o Mundo se apercebesse do que passava. Poupo-lhes algumas fotos comprovativas de como pode ser infinita a crueldade, o fanatismo, a bestialidade da espécie humana.

Governaram? No passado? Quando se consegue falar com a população, e muitos são no Camboja os que ainda falam francês, logo ficamos a saber que muitos desses khmeres vermelhos ainda hoje andam por lá, mal disfarçados, em cargos máximos do Poder. Por isso se teve de arranjar um tribunal internacional para julgar um torturador que confessou, embora acrescentando que cumpria ordens.

Sem que o Mundo se apercebesse? Desde sempre se soube do "banho de sangue" que foi a entrada dos khmers vermelhos em Phnohm Penn, vindos da selva, em 17 de Abril de 1975. Em Portugal vivia-se a recaída do 11 de Março, com assembleias do MFA onde se chegou a propor o estabelecimento da pena de morte para os inimigos da revolução.

A diferença foi que em Portugal houve quem resistisse à barbárie (por exemplo, Vasco Lourenço, que naquela assembleia do MFA ameaçou partir os cornos ao Varela Gomes, que fizera a proposta).

E em lugar da ocupação da capital pelos tanques marxistas-leninistas-estalinistas-trotsquistas-maoistas tivemos, muito graças ao PS, eleições para a Assembleia Constituinte uma semana depois. Que revelou que todos os extremistas de esquerda unidos não chegavam aos 20 por cento. São muitos? São mas não chega para governar. Ontem como hoje. Felizmente.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Começo a ficar cansado com o PS


As SCUTS, que o engenheiro João Cravinho inventou nos idos de Guterres, custam-nos os olhos da cara. O PS apercebeu-se agora, quer portagens mas quer manter privilégios para alguns que pagamos todos. Por isso e só por isso estamos num impasse. O PSD, e nisso muito bem, diz que não há condições para continuar as conversas. Já não avançam a 1 de Agosto, é evidente, mesmo se o decreto em vigor diz que já começaram a 1 de Julho.

Eu não entendo o assanhamento do PS na discriminação positiva, que é o contrário da universalidade. Discriminação positiva com que critérios? Entre Douro e Vouga, por exemplo, há um município que beneficia da isenção: Santa Maria da Feira. Arouca, que é a minha terra, não beneficia. Por isso diz o meu Presidente no site da Câmara:

O Município de Arouca sente, assim, mais uma vez, o peso da interioridade e da ausência de um acesso rodoviário condigno, seja ele portajado ou isento, vendo-se, com esta medida injusta, ainda mais limitado e onerado nas deslocações efectuadas pelos seus munícipes.

A título de exemplo, um arouquense que deseje deslocar-se ao Porto por um acesso minimamente condigno, terá de fazer um percurso sinuoso até Santa Maria da Feira, pagando os custos de portagem daí em diante, ao passo que aqueles que têm a auto-estrada «à porta» estão isentos de pagamento.
É uma injustiça, uma dupla injustiça, de facto. Diz muito bem o eng. José Artur Neves, meu amigo. Há uma data de municípios que estão na mesma situação. Nós, por exemplo, na Região Metropolitana de Lisboa, que pagamos as pontes, a CREL, a A2, a A5, sejamos ricos, pobres ou remediados, pagamos sempre. Tudo. Para que os privilegiados do Porto, de Aveiro, de Castelo Branco, continuem a eleger o eng. Sócrates ou o dr. Rui Rio.

Não há moralidade nas discriminações que o PS (e alguns autarcas do PSD!) querem manter para alguns à custa de todos. Depois não se queixem.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Carlos Queiroz como João Rendeiro

Queiroz é o nosso "Senhor 10%", 10% de tudo quanto a FIFA pagou e há-de pagar à Federação Portuguesa de Futebol pela participação portuguesa no Mundial, o que segundo cálculos por baixo deverá ascender a 720 mil Euros, obviamente a somar ao ordenado que recebe e vai continuar a receber, o qual é só quinze vezes maior do que o maior ordenado da função pública e da política, o salário do Presidente da República.

O prémio do nosso "Senhor 10%" (nem Calouste Gulbenkian, no seu tempo, chegou a tão grande percentagem!) é um prémio pela má figura. Como aqueles maus gestores, género João Rendeiro, que só no ano de 2008, em que levou o BPP à falência, recebeu prémios de produtividade que ascenderam a três milhões de Euros, decididos e votados por outros Madails. Que agora pagamos nós. Como havemos de pagar os prejuízos da FPF, que, para pagar prémios desses ao senhor Queiroz, tem os privilégios fiscais e os subsídios próprios de uma instituição de utilidade pública.

Claro que a FPF tem mesmo uma estrutura amadora, só pode, senão não encaixava os vexames deste boy de luxo, dono do aparelho futebolístico e provocador emérito. Que todos os dias faz mais um ataque ao Cristiano Ronaldo a desviar as atenções da sua própria incompetência. Madail paga tudo, que não lhe custa a ganhar. Como aqueles que pagaram indemnizações milionárias e reformas vitalícias aos maus gestores do BPN e/ou do BCP.

Se fosse na América, Queiroz arriscava-se a ouvir o que os seus amigos da AIG (patrocinadores do Manchester United) ouviram um membro da administração Obama: que se houvesse "um Prémio Nobel das Coisas Más" ele bem o tinha merecido.

E não é só que entre nós a Asneira compensa. Ainda por cima vamos ter que continuar a aturá-lo. Com o apoio da sua rede de escribas, dos Madails, dos Bettencourts, dos Tonis, e todos os que têm fome e sede protagonismo e não há maneira de serem saciados.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Barroso, Cavaco, Passos, UE ─ e não se pode exterminá-los?

Começo pelo fim: o nosso casamento com a União Europeia admite divórcio. É cada dia mais evidente que a UE, ultra-capitalista, ultra-doutrinária, ultra-directório, se permite contra o pequeno País que somos todas as exacções. Que a UE tem os tribunais e os juízes que lhe convém e nada podemos contra eles, nem com eles. Pois, amor com amor se paga: puta que os pariu, salazaristas nunca mais, devemos encarar a partir de agora a possibilidade de sair da UE.

E passo a explicar: o tribunal europeu de justiça (com letra pequena!) considerou ilegal a golden share que o Estado português detém na PT. E porquê? O que diz o tribunal é que não são justificadas as restrições que através da golden share o Estado pode impor às decisões da empresa e dos seus accionistas.

Como "não justificadas"? Se há empresa em que o Estado tem ou pode ter interesse estratégico fundamental, aqui ou na China, é uma empresa de telecomunicações, sobretudo que a ela tem de recorrer em caso de catástrofe, de estado de sítio, como último recurso, no exercício da soberania. Diria o mesmo se estivesse em causa a França, o Reino Unido ou a Alemanha? Obviamente que não.

Porém, o mais chocante na decisão daquele tribunal com letra pequena nem é a ligeireza com que trata o Estado português. É a ternura que revela para com a liberdade e a autonomia das decisões da empresa e dos seus accionistas. Só que não foi a empresa PT nem os seus accionistas que pediram a protecção do tribunal contra os abusos soberanistas do Estado português. Foi a Comissão.

De facto, foi a Comissão Europeia que levou o caso a tribunal em 31 de Janeiro de 2008, alegando que “os direitos especiais detidos pelo Estado Português na PT desincentivam os investimentos de outros Estados-membros, violando as regras do Tratado da UE". E disse isso sem rir. Nestes 20/30 anos, em que a golden share vigorou, não faltaram interessados em comprar acções da PT. Nem dinheiro para investimentos avultados, designadamente no Brasil.

De facto, foi a Comissão Europeia, presidida por Durão Barroso, a autora do impulso para a presente sentença. Durão Barroso que foi Primeiro-Ministro, com a golden share em vigor, que com Cavaco Silva fez parte do Governo que instituiu a dita golden share. Durão Barroso, que já veio a público felicitar-se pela compreensão manifestada aos pontos de vista "castigadores" da Comissão pelo tribunal amigo, que agradou a Bruxelas condenando Portugal. Durão Barroso ─ que patriota!

Que patriota, Cavaco Silva que fugiu a molhar-se nesta polémica, e que corajoso, quando se recusou mesmo a apoiar a legitimidade da decisão do Governo português para accionar os direitos que tinha. Cavaco Silva ─ que patriota!

E que patriotas aqueles 74% de accionistas da PT, a fina-flor do entulho do capitalismo nacional (cuja prioridade é o dinheiro fácil, da facada nas costas nos nossos e da venda aos espanhóis, e o iberista sou eu?!). BES, Ongoing e quejandos ─ que patriotas!

Que patriotas os actuais dirigentes do PSD, que até eram contra o negócio, mas se opuseram tenazmente ao uso do único instrumento de que o Governo dispunha para inviabilizá-lo, e até foram a Espanha gabar-se desta sua posição corajosa. E que, mal o tribunal se pronunciou, correram a bater palmas e a celebrar o espírito dos Tratados contra nós. Dirigentes do PSD, todos ─ que patriotas!


sábado, 3 de julho de 2010

Então e a prevaricação dos magistrados não se investiga?

Então e agora, senhores inquisidores?! Arquivado o processo intentado por Manuela Moura Guedes contra o Primeiro-Ministro por este ter reagido com contundência à campanha ad odium que lhe era feita pelo antigo Jornal de Sexta da TVI. Arquivado? E não acontece mais nada?

Não acontece nada aos juízes e magistrados do DIAP que a 23 de Junho sabendo que cometiam uma ilegalidade ─ há indícios nesse sentido, o juiz conhece a Lei! ─ requereram à Assembleia da República o levantamento da imunidade do PM para ser constituído arguido (é a única circunstância em que é obrigatória a audição de um investigado)?

Que fosse constituído arguido antes de qualquer diligência, como depois repetidamente assinalou a Procuradoria-Geral da República. Não se terá procurado simplesmente criar escândalo, como assinalei neste blogue e foi conseguido, como resulta das inúmeras manchetes e declarações caceteiras da "queixosa" que o pedido à Assembleia provocou? E não é esse um uso deliberado do processo-crime para fins alheios ao processo, isto é, um crime de prevaricação ?

Vai ser investigado o crime de prevaricação praticado pelos magistrados? Ou vai ser alegado que os coitados não sabiam? Pois nesse caso são incompetentes, revelaram risíveis desconhecimentos da Lei, como demonstrou Tomás Vasques. Em qualquer caso devem ser demitidos.


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Scuts: quem tem telhados de vidro?

Achei o máximo a "boca" do deputado do PS João Galamba, insignificante, naquele programa da RTPN com Carlos Abreu Amorim e João Adelino Faria, de um lado, Joana Amaral Dias, do outro, de que o PSD demonstrava duplicidade na questão das Scuts? Porque os autarcas do PSD defendiam a continuação dos privilégios do não pagamento das portagens enquanto a direcção do Partido insiste na universalidade, ou pagam todos ou não paga ninguém.

Duplicidade do PSD? E então a duplicidade de Sócrates que aceita o princípio da universalidade para logo a seguir fazer ponto de honra da isenção dos seus eleitores de Castelo Branco? Exactamente como Rui Rio pretende a isenção dos seus eleitores da Área Metropolitana do Porto.

É diferente porque Rui Rio apelou à sublevação popular, de facto convocou motins, acção directa, actos terroristas, pelo menos com dolo eventual, contra a implementação das portagens no seu quintal. E os autarcas do PS em geral? E aquele deputado municipal do PS em Aveiro, em particular, vedeta por um dia, que já tinha trazido a moto-serra para destruir as portagens instaladas e não se coibiu de apresentar uma moção que é nitidamente apologia e incitação à prática de um crime de dano, pelo menos?

Sejamos claros: para este efeito não há, não pode haver, concelhos ricos e concelhos pobres. Há pessoas que vão de carro para todo o lado, e mesmo para os empregos, e pessoas que vão de transportes públicos. Por que carga de água é que as pessoas que vão de transportes públicos hão-de pagar as viagens dos que vão de carro.

Isenções por concelhos? E porque não pelos níveis de rendimento das pessoas? Lá porque as empresas e os residentes na Área Metropolitana de Lisboa pagam aqui os seus impostos, e os do Porto fogem a eles, pagámos nós e não pagam eles? Porque os ricos do Porto, do Algarve ou de Castelo Branco, e quem os apoia, hão-de viver à pala da classe média de Lisboa e do resto do País, que paga e não bufa?

Ou há moralidade ou... pagam todos. E se querem voltar à época da Maria da Fonte, vamos a isso. Processos em cima. Quantos forem precisos. Enterros nas igrejas, nunca mais. Privilégios dos poderosos e de quem os apoia? Não podem continuar.