quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cheira a poder, cheira a dinheiro!

Genéricos, não. A quem interessa o veto de Cavaco? Aos doentes seguramente que não, que não se lhes permite escolher pagar menos por medicamentos cujas propriedades conheçam. Vejam os elogios que não se fizeram esperar. Com a grande medida: que «o Presidente da República devolveu ao Governo, sem promulgação, o diploma que prevê a obrigatoriedade da prescrição de medicamentos mediante a indicação da sua denominação comum internacional (DCI), ou nome genérico, bem como a obrigatoriedade da prescrição electrónica», lê-se num comunicado divulgado na página da Internet da Presidência da República.

Porquê, para quê? Sigam o rasto do dinheiro. Perguntem-se: a quem aproveita? Preparem-se, preparemo-nos todos, para seguir a pista dos negócios, dos novos BPNs, que aí vêm, que já cheira a poder. A luta continua. Cavaco ao serviço dos grandes laboratórios e multinacionais, que assim podem impor "no mercado" os medicamentos mais caros da mesma substância activa, através de algum médico que tenham avençado? Especulem à vontade: desta vez o Presidente reeleito nem quis conversas, vetou e pronto.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Série "Para mamar assim é preciso nascer duas vezes"

Importa-se de repetir?!
Sisa referia-se a casa que nunca foi construída
No Público de hoje. Afinal a realidade é muito mais criativa do que aquilo que se supunha, quem não chora não mama, e o personagem central desta história chora muito e por isso mama tanto ─ ofertas dos amigos de infância (e quem é que diz que não há almoços grátis?), enganos benfazejos das finanças, apoios de grandes vedetas da rádio, tv e disco, dos senhores do BPN (Você acredita nos glutões?), dos colégios privados, da hierarquia da Igreja, e da maioria expressa nas urnas dos cfrédulos eleitores. Veja-se a notícia:
Por José António Cerejo
Os dados de avaliação constantes da caderneta predial da Casa da Coelha referem-se a casa de área inferior à que viria a ser construída.

As Finanças de Albufeira avaliaram a propriedade onde Cavaco Silva tem a sua casa de férias no pressuposto de que lá estava uma moradia, quando, afinal, estava lá uma outra com quase o dobro da área. A avaliação feita refere-se a um terreno com uma casa cuja construção foi licenciada em 1994, com uma área coberta de 252 m2, mas que acabou por nunca ser erguida. Em vez dela foi feita uma outra, a Gaivota Azul, que o então professor de Economia adquiriu em 1998, quando ela se encontrava em fase adiantada de construção na aldeia da Coelha, dando em troca a sua antiga vivenda Mariani, situada em Montechoro.

Cavaco Silva e a empresa então proprietária do lote da Coelha e da casa aí em construção, a Constralmada, atribuíram às duas propriedades o mesmo valor de 135 mil euros (27 mil contos). Por isso mesmo não houve lugar a pagamento de sisa na altura da permuta, tendo as Finanças aberto de imediato um processo de avaliação da propriedade da Coelha, como mandava o Código da Sisa, devido ao facto de a mesma não estar ainda registada nas Finanças
(...)
E por aí adiante, leia tudo, isto e o que ou muito me engano ou a procissão ainda vai no adro, vem aí mais um discurso rancoroso, que ele há-de conseguir tapar o sol com uma peneira! Uma história deliciosa, depois das acções a pataco, e a "nossa querida casa de que gostamos tanto", quem não gostaria de acções e casas assim. Para aqueles que diziam que tudo se resumia a vizinhanças estranhas, "que culpa tem o homem?"