segunda-feira, 28 de junho de 2010

Por um Manifesto Anti-Blatter que o ponha na rua!

Viram aquela bronca, a bola mais de meio metro dentro da baliza da Alemanha no jogo com a Inglaterra? O árbitro não viu? Alguns preferem assim? A culpa é do Blatter que se opõe à introdução de novas tecnologias no futebol.

E não me digam que sempre foi assim, que isso das tecnologias corta o ritmo do jogo: o tempo que demorou o árbitro italiano a conversar com a fiscal de linha dava para ver dez vezes o lance na gravação televisiva.

Viram aquele fora de jogo do tamanho de uma casa que deu o primeiro golo da Argentina contra o México? A culpa é do Blatter que neste Mundial se opôs aos árbitros na área e havia lá dezenas, ao alto, sem nada que fazer naquele dia.

Não há como fugir, a culpa é dele, e razão tem o Daily Mail para zurzir o patrão da Fifa num notável Manifesto anti-Blatter, a que deu o título Give the officials a break, it´s Sepp Blatter who´s really to blame. Nem mais.

Ou como diria ao Blatter o Almada Negreiros, se o futebol no seu tempo tivesse a importância que hoje tem

Basta pum basta!!!

Uma geração que consente deixar-se representar por um Blatter é uma geração que nunca o foi. É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!

Abaixo a geração!

Morra o Blatter, morra! Pim!

Uma geração com um Blatter a cavalo é um burro impotente!

Uma geração com um Blatter ao leme é uma canoa em seco!

O Blatter é um cigano!

O Blatter é um habilidoso!

O Blatter veste-se mal!

O Blatter usa ceroulas de malha!

O Blatter especula e inocula os concubinos!

O Blatter é Blatter!

O Blatter é Sepp!

Morra o Blatter, morra! Pim!

Viram as vuvuzelas irritantes a furar-nos os tímpanos, se não activamos os filtros, e a estragar o jogo, todos os jogos, por todo o Planeta? A culpa é do génio do Blatter que descobriu que aquilo é África. Culpa partilhada em Portugal pela Galp que anda a vuvuzelar pràí que aquilo é energia. Pois como diria o Almada:

O Blatter em génio nem chega a pólvora seca e em talento é pim-pam-pum.

O Blatter nu é horroroso!

O Blatter cheira mal da boca!

Morra o Blatter, morra! Pim!


quinta-feira, 24 de junho de 2010

"Risíveis desconhecimentos da Lei"


Obrigatório não perder este post de
Tomás Vasques no Hoje Há Conquilhas Amanhã Não Sabemos:
Quarta-feira, 23 de Junho de 2010
A justiça, a política e a comunicação social.

Neste país, ninguém é penalizado pela incompetência profissional. Leio nos jornais que uma cidadã, Manuela Moura Guedes de seu nome, aquela senhora que, notoriamente, tem uma obsessão por José Sócrates, apresentou na «Justiça» uma queixa-crime, por injúrias (ou difamação), contra o primeiro-ministro. Está no seu direito. No entanto, o advogado da senhora desconhece a lei e entregou a dita queixa no DIAP em vez de a entregar na secção criminal do Supremo Tribunal de Justiça; o procurador adjunto do Ministério Público tambémdesconhece a Lei e, em vez de remeter a denúncia para o Tribunal competente, abriu inquérito e encaminhou para o juiz titular do 4º juízo do Tribunal de Instrução Criminal o pedido de constituição de arguido do primeiro-ministro; oJuiz do Tribunal de Instrução Criminal também desconhece a Lei e pediu à Assembleia da República autorização para a constituição de arguido. A comissão de Ética da Assembleia da República já informou o senhor Juiz que não está nas competências do parlamento autorizar o bizarro pedido. Parece que alguém já explicou a todos estes «operadores de justiça» que desconhecem a Lei e que todos os seus actos são nulos. São nulos, mas produzem efeitos. Não na Justiça, mas na comunicação social. E, provavelmente, era essa a intenção da autora da queixa, que esta produzisse os seus efeitos na comunicação social. Já produziu à custa de incompetência várias e risíveis desconhecimentos da Lei por parte de quem tem, por dever profissional, conhece-la. Este é um exemplo paradigmático do modo como a Justiça anda a reboque da comunicação social. Este caso está na linha daquele em que um advogado britânico requereu a um Tribunal que prendesse o Papa quando este chegasse a Londres.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

As Razões de Cavaco Segundo Malheiros


Justificações para a ausência de Cavaco Silva, no Público de hoje:

"Os que dizem que nada justifica a ausência do PR no funeral de Saramago não têm uma pinga de razão

1ª - Cavaco Silva nunca leu José Saramago. Tentou uma vez mas sempre achou aquelas frases demasiado compridas e complicadas e com pontuação muito, mas muito mal feita. Nunca percebeu por que razão havia (e há) pessoas que dizem que Saramago é um grande escritor mas suspeita que eles também nunca o leram e que o fazem apenas por pedantaria e porque são comunistas. É verdade que Nobel veio abanar um pouco esta convicção, mas apenas durante dez minutos. Afinal, não há nenhuma razão para que o Nobel também não tenha sido dado a Saramago por pedantaria e comunismo (os nórdicos não parece por causa do design, mas são muito comunistas).

2ª - Cavaco Silva leu Saramago. Fez sacrifício mas leu. Leu mas não gostou. O estilo de Saramago tem um... não sei... não gosta. Não é como... como outros escritores de que gosta, prontos. E os temas não lhe interessam muito. E o enredo parece-lhe fraco. Muita parra, pouca uva. Tudo aquilo podia-se contar de outra maneira. E há ali muito desrespeito pela tradição católica. Muito. E pela história de Portugal e pela religião. Aquilo nem é bem literatura, é quase só despeito.

3ª - Cavaco Silva não sabe se gosta ou não dos livros de Saramago. Mas sabe que antipatiza profundamente com o homem. Saramago dá-lhe cá uma raiva que ele nem sabe. E agora que morreu ainda mais porque toda a gente diz que ele era um figura ímpar da cultura portuguesa.

4ª - Saramago era um escritor medíocre. A verdadeira crítica de Saramago foi feita por um membro do Governo de Cavaco Silva em 1992, Lara, então subsecretária de Estado da Cultura - por quem aliás o Doutor Jivago se viria a apaixonar num filme lindíssimo.

5ª - Saramago era comunista. E ateu.

6ª - Só lá iam estar comunistas e companhons de Rute e até podia ter de ouvir coisas desagradáveis.

7ª - Alguém que pode escolher os Açores e escolhe Lanzarote só merece desprezo.

8ª - Cavaco Silva tem de mostrar que é diferente de Manuel Alegre, que é um homem de cultura.

9ª - Cavaco Silva é presidente de todos os portugueses, mas o Saramago não é espanhol? A mulher pelo menos tem um sotaque.

10ª - Isso de "presidente de todos os portugueses" não pode ser visto de uma forma fundamentalista.

11ª - Os Açores estavam óptimos, óptimos.

12ª - Cavaco Silva tinha prometido à família umas férias nos Açores e não tinha prometido nada ao Saramago.

13ª - Se tivesse de ir ao funeral de todos os portugueses que ganharam um Nobel não fazia mais nada.

14ª - Os dois dias de luto nacional significam que Saramago era uma figura nacional ímpar a quem o país muito deve e que os portugueses admiram e respeitam, mas o PR só vai aos funerais de figuras de três dias de luto para cima.

15ª - Depois da triste figura que o seu Governo fez quando censurou O Evangelho segundo Jesus Cristo, Cavaco Silva jurou que odiaria Saramago para além da morte. Talvez tenha sido exagerado, mas uma jura é uma jura.

16ª - O PR só vai a funerais de amigos ou conhecidos.

17ª - Não era na outra semana?

Fica provado que há não uma mas várias justificações para a ausência do Presidente da República nas cerimónias fúnebres de Saramago. A ausência pode ter sido devida a iliteracia, sectarismo, grosseria, mesquinhez, cálculo político, medo, provincianismo, confusão entre o gosto pessoal e pose de Estado ou outra razão."

José Vítor Malheiros, PÚBLICO, 23-06-2010

"Vamos, camaradas, mais um passo...


...Uma nova estrela se levanta". Palavras para quê? São artistas portugueses e o espectáculo é para continuar. No momento certo:
TIC pede levantamento de imunidade parlamentar de Sócrates

A Assembleia da República recebeu um pedido do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para que seja levantada a imunidade parlamentar ao primeiro-ministro José Sócrates (in Diário Digital e também na TVI24).
Como dizia Lenine, "Que fazer?" quando a revolução não sai do sítio e "aqui na terra estão jogando futebol"?! Têm o processo Freeport em banho-maria há sete anos e o Face Oculta vai pelo mesmo caminho. Gerem as fugas, alimentam os jornalistas amigos, comandam as incriminações à sucapa, no tribunal da opinião pública, avançam e recuam, numa guerrilha sem quartel, "um passo à frente e dois atrás", quando é preciso. Municiam a lenha, em segredo de justiça e/ou em resumos interpretados à maneira, que nem sequer podem ser contraditados, para as comissões de inquérito censurarem o Governo, atirando a pedra e escondendo a mão.

É este o Estado de Direito que temos?

sábado, 19 de junho de 2010

Ah como é diferente a direita em Portugal!

Obrigatório não perder o suplemento que o El País consagra este sábado a José Saramago. E em especial os depoimentos in memoriam, que vão de Mariano Rajoy, líder da Oposição de direita, a José Luís Rodriguez Zapatero, Primeiro Ministro do PSOE.

Faço questão de reproduzir aqui na íntegra o artigo de Zapatero, com o título Memória del Árbol, que assim se dirige a Saramago:

Tu abuelo, nos contaste, intuyendo el final de su existencia en la Tierra, fue diciendo adiós a los amigos, a su familia, a la naturaleza, porque quería estar lúcido y presente cuando la muerte llegara. Por eso, se abrazaba a los árboles que guardaban las páginas escritas de su vida.

Me llega la triste noticia de tu muerte y te evoco, el verano pasado, en la biblioteca de tu casa de Lanzarote. Vuelves a ser el perfecto anfitrión, el hombre cortés, inteligente, generoso, al que le gusta compartir la amistad. Me honra ser tu invitado. Pilar, tu compañera, tu cómplice, parece señalar en silencio a todos y cada uno de tus personajes en ti: al Ricardo Reis que se compadece de la soledad de los poetas y ayuda a no temer la memoria, a los inventores de artefactos angélicos que quieren enseñar a los seres humanos a volar "aunque les cueste la vida", a aquel alfarero que libra a los esclavos de una nueva caverna porque se niega a aceptar ciertas cegueras que imponen desigualdad y dolor.

Tú, que has sido también todos los nombres, no terminas aquí. 2010 es ya, para siempre, el año de la muerte de José Saramago, pero tus libros forman un maravilloso bosque de dignidad. Y yo me abrazo al árbol para mantener tu memoria..

Comovente. Também Mariano Rajoy, se dá ao trabalho de escrever sobre Saramago, a quem louva a Fuerza de la Palabra, assim:

Con José Saramago desaparece un novelista enérgico, comprometido con la fuerza de la palabra. Sus libros son testimonio de ello. Intensos, arrebatados, desvelan la precisión visionaria de quien escribía desde dentro, invocando una pasión íntima que surgía de la imaginación, pero que no renunciaba a tener los pies en la tierra, palpando sus contradicciones y sus injusticias. Sé que no compartíamos el mismo horizonte político. Él creía en unos ideales que no son los míos, pero eso no impide que aprecie en su obra la convicción compartida de que la dignidad del hombre, más allá de las diferencias, siempre cuenta. Sus personajes mostraban esta forma de pensar. En ellos latía un aliento pesimista que dejaba abierta una puerta a la esperanza, a la espera de que el lector sacara sus propias conclusiones acerca de su conducta: de lo que hacía con su vida y de cómo lo hacía. El año de la muerte de Ricardo Reis, Memorial del convento o Ensayo sobre la ceguera son ejemplos de este proceder literario. Saramago fue uno de los grandes escritores del siglo XX y un gran amigo de España. El reconocimiento internacional que mereció su obra fue, también, un homenaje esperado al portugués: una lengua portentosa, bella y fértil desde sus orígenes; una lengua próxima, íntima, hermana, como el pueblo que la habla y que siente a través de ella.
Ah como é diferente a direita em Portugal! Veja-se a atitude de Cavaco Silva. Que se limita a mandar mensagem em que enaltece o mérito do Prémio Nobel, quando no seu tempo de Primeiro Ministro não o julgou digno de se candidatar a um Prémio Europeu.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Até sempre, Mestre!



Cerremos esta porta.
Devagar, devagar, as roupas caiam
Como de si mesmos se despiam deuses,
E nós o somos, por tão humanos sermos.
É quanto nos foi dado: nada.
Não digamos palavras, suspiremos apenas
Porque o tempo nos olha.
Alguém terá criado antes de ti o sol,
E a lua, e o cometa, o negro espaço,
As estrelas infinitas.
Se juntos, que faremos? O mundo seja,
Como um barco no mar, ou pão na mesa,
Ou rumoroso leito.
Não se afastou o tempo. Assiste e quer.
É já pergunta o seu olhar agudo
À primeira palavra que dizemos:
Tudo.

Catorze de Junho

Por José Saramago

In Poesía completa, Alfaguara, pp. 636-637

Cavaco, obviamente, vai demitir o Governo


A Assembleia da República pôs-se ao lado de Manuela Moura Guedes contra o Governo. Ao fazê-lo, deixemo-nos de subterfúgios, valida as escutas do juiz de Aveiro, ao próprio Primeiro-Ministro, desautoriza o Presidente do Supremo e do Procurador-Geral da República, chama mentirosos a Zeinal Bava, a Henrique Granadeiro, e a todos quantos na comissão de inquérito disseram o contrário, sobre o frustrado negócio da compra pela PT de uma participação minoritária do capital da TVI.

A Assembleia da República aprova assim, diga o que diga, uma virulenta moção de censura ao Governo. Cria uma situação "insustentável" ao Governo, como, por antecipação, já decidiu o Presidente da República. Que se for coerente demite o Governo, porque está em causa "o regular funcionamento das instituições".

Mais: a Assembleia da República alinha com o tipo de jornalismo praticado pela TVI, pelo semanário "Sol", pelo jornal "Público", e pelo "Correio da Manhã". Aliás, já tinha dado provas disso quando impediu que fosse levado a julgamento o deputado do Bloco de Esquerda José Manuel Pureza, do BE, que caluniou, miseravelmente, um deputado do PS por Coimbra e assim conseguiu ser eleito por esse mesmo círculo.

Há moção de censura, e pouco adianta clamar que é "iníqua" ou que "desonra" a Assembleia. Existe uma moção de censura, mesmo se o PSD decidiu atirar a pedra e esconder a mão. É uma hipocrisia do PSD de Passos Coelho. Assim como é uma hipocrisia do CDS, do PCP e do Bloco, em uníssono. Só que é irrelevante que seja "iníqua", "hipócrita", "mentirosa", "alinhada" com o que há de pior no jornalismo e na magistratura portugueses. É uma moção de censura que existe. E deve ter consequências.

O Presidente deve demitir este Governo, deve chamar Passos Coelho, líder do maior partido da nova maioria que se formou na AR ─ PSD, CDS, BE, PCP, PEV ─ a formar Governo. Era o que devia ter feito Eanes, em 1977, quando caiu na Assembleia o Governo do PS sozinho. E foi por não o ter feito que vivemos três anos de grande instabilidade política com prejuízos graves para o País.

Cavaco deve demitir Sócrates. E se não for possível formar um novo Governo com esta Assembleia deve convocar novas eleições. Como fez Eanes em 1985, a seis meses do fim do mandato, quando a pedido de Cavaco Silva demitiu o Governo do Bloco Central, sem que qualquer votação formal nesse sentido tivesse sido aprovada na Assembleia.

Há moção de censura. E se Cavaco, depois de ter julgado "insustentável" a situação e depois da condenação do Primeiro-Ministro na Assembleia, não demitir o Governo, é o Primeiro Ministro que deve apresentar a demissão. Porque foi censurado, porque está ferido de morte, porque não tem condições de governar, porque o País merece um Governo com legitimidade na plenitude da sua força.

Porque, como diz o Povo, quem não se sente não é filho de boa gente. José Sócrates, obviamente, se a Assembleia e o Presidente da República não assumirem as suas responsabilidades, deve dar-se ao respeito e demitir-se de imediato. Não podemos viver mais dois anos inteiros neste pântano político. O País não merece. E Sócrates também não.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Cavaco preocupado com défice da selecção


Cavaco deve fazer comunicação ao País, da próxima vez que lhe estenderem o microfone, seja em que feira for e por mais a-despropósito que possa parecer, estamos habituados. Facto é que Queiroz está amaldiçoado, depois dos 6-3 em Alvalade, eu próprio já tinha levantado uma ponta do véu aqui.

Mas, o seu a seu dono, a grande descoberta fica a dever-se ao perspicaz investigador, e grão mestre, da blogosfera, Val Valupi (dois nomes, que a coisa é séria!), que "todo lo sabe" e "todo lo desavenda", não deixa nenhuma notícia na gaveta: nem a"insustentabilidade" do modelo de jogo , nem o défice ofensivo, já para não falar da situação explosiva, que aí vem, e da preocupação enternecida do Presidente da República, que não podia falhar-nos.

Assim o disse, no Aspirina B:

(...)Temos de ter sempre presente que Queiroz está amaldiçoado desde os 3-6 em Alvalade. Para se livrar do sortilégio – a força que desviou aquela bola do Cristiano para o poste, por exemplo – tem de bater no fundo, enfiar a cabeça na lama e ser espezinhado. Só então virá a redenção.

Assim, proponho que Cavaco faça uma comunicação ao País acerca da insustentabilidade do actual modelo de jogo da Selecção e da possibilidade de uma situação explosiva caso não se acabe com o défice ofensivo.

Está tudo dito e melhor é impossível. Mas também há boas notícias no Mundial: O Meo garante transmissões sem vuvuzelas, já configurei, já só faltam 2o minutos para recuperar o meu prazer de ver futebol.

terça-feira, 15 de junho de 2010

BBC vai dar jogos sem a porcaria das vuvuzelas


Aparentemente é possível cortar o ruído das vuvuzelas. A BBC até ao fim desta semana vai estar em condições de fornecer transmissões sem aquela tortura para os ouvidos. Um exemplo a seguir pelos canais portugueses? Infelizmente em Portugal ainda estamos na fase de achar tão engraçado que até há spots publicitários, da Galp, a promover a coisa. Shame on you, Galp!



terça-feira, 8 de junho de 2010

Morte à vuvuzela e a quem a apoiar!


É insuportável, é uma agressão, morte à vuvuzela, tive de desligar o som durante o Portugal-Mozambique, assim não se pode ver os desafios do Mundial e a culpa é daquela besta quadrada do Sr. Sepp Blatter, que diz ao caso:
“It’s a local sound and I don’t know how it is possible to stop it. I always said that when we go to South Africa, it is Africa. It’s not western Europe. It’s noisy, it’s energy, rhythm, music, dance, drums. This is Africa. We have to adapt a little.”
É mesmo burro, além de outras coisas, este Presidente da FIFA: aquilo não é... ritmo, música, dansa, tambores, África. Nada disso, é precisamente o contrário: monótono, estridente, agressivo, cretino. Aliás não vi africanos a tocar aquela treta, só portugueses, os mesmos que a cada vitória de Portugal se julgam no direito de vir para a rua a buzinar como doidos, a chatear toda a gente, a conspurcar o ambiente de poluição sonora. Deviam ir presos.

Se deixam aquela praga sonora estender-se por todos os jogos, vão por mim, dão cabo do Mundial, os protestos já se fazem ouvir em todos os países civilizados. Eu que gosto de ver futebol com som, que estava a pensar ver quase todos os jogos do Mundial, anuncio desde já: havendo vuvuzela, quem perde desde já... é a Sport TV.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Eu também queria levar a minha Maria à Capadócia

Fiquei comovido, e envergonhado, com o insistente apelo do Sr Presidente da República para que passemos férias cá dentro. Comovido porque ainda ecoa na minha memória a tal campanha dos anos 70, tão patriótica que era, do "passe férias cá dentro" e que remédio tínhamos, qualquer viagem a Badajoz, em serviço, tinha de ser precedida por uma visita ao Banco de Portugal a comprar divisas.

Comovido e envergonhado: confesso que viajei, neste ano de 2010. Nenhuma viagem de estadão, com comitivas a lembrar as embaixadas ao Papa do tempo de D. João V, para permitir à minha dama ver a Capadócia, ou para assistir ao meu País ser enxovalhado por aquele Senhor da Boémia, aliás, legítimo herdeiro e defensor dos que espoliaram e expulsaram milhões de camponeses alemães no fim da Guerra, bem lho podia ter dito, assim como quem não quer a coisa. Bem prega Frei Tomás, olhai para o que eu digo, não olheis para o que eu faço!

Nada disso, as minhas férias lá fora foram planeadas a aproveitar as low-costs, que estão ao preço da chuva. Ainda assim, se soubesse que podia vir a ser responsabilizado pelo desequilíbrio da nossa balança comercial, provavelmente, não tinha posto os pés nas estranjas, incluindo a Madeira, com um bilhete Easy Jet. Nem sequer tinha necessidade de atravessar o Alqueva até ao outro lado, e meter gasolina, mais barata. Ficava-me por Monsaraz que é muito bonito.

Disse Cavaco Silva que viagens ao estrangeiro contam como importações e logo uma repórter da RTP não se conteve e enalteceu a grande lição de economia que deu o Presidente ao Ministro Vieira da Silva.

Pois não me parece. A balança portuguesa de turismo regista um superavit a nosso favor, isto é que são mais os gastos dos estrangeiros que nos visitam do que os dos portugueses que visitam os estrangeiros. Nestas questões de turismo, uma porta que se fecha tanto impede de sair como de entrar. Ouvi-o a um Ministro de Salazar, que se chamava Corrêa de Oliveira, andava eu no 7º ano.

Grande economista esse Corrêa de Oliveira, proteccionista, sim, mas devagar. Pelo menos não passava o tempo todo a gabar-se que de economia sabia ele, ele, só ele e mais ninguém. Haja Deus!


domingo, 6 de junho de 2010

Uma parte da história que ninguém conta


Joe Biden, honra lhe seja, sem papas na língua:
1 - O Hamas só no ano passado lançou sobre Israel mais de três mil mísseis que caíram onde calhou e fizeram vítimas a eito. Israel tem direito à segurança, o que explica o bloqueio e que Israel tenha querido verificar o que ia nos barcos.
2 - Na faixa de Gaza, "as ajudas humanitárias" são confiscadas pelo Hamas, que as vende depois a seu bel-prazer.
3 - A arma secreta que Israel tem, como há muitos anos dizia Golda Meir, é saber que não tem mais sítio nenhum para onde ir.

Os israelitas podem ser atirados ao mar, como defende o Hamas e quem o apoia. Mas nem sequer podem voltar para Auschwitz - Go back to Auschwitz - como se ouve nas gravações da tomada dos barcos pelas tropas israelitas. Com militantes "pacifistas" destes...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Alegre "a reboque" do BE? Ou será "boato da reacção"?


Há quem não esqueça o que Alegre fez ao PS nos últimos anos. É o caso de Tomás Vasques, de quem sou admirador confesso e contumaz, há dias, assim, no Hoje Há Conquilhas :
Do golpe militar ao golpe palaciano.

Nesta novela «presidencial», em que o PS se deixou envolver, o mais relevante é o facto de Manuel Alegre, deputado do PS durante 34 anos, se ter disponibilizado para protagonizar a estratégia política do BE, mil vezes confessada: crescer eleitoralmente à custa de uma derrocada do PS.

Neste golpe eu não alinho. Se não aparecer outro candidato, escolho o mal menor: voto Fernando Nobre.

(ler mais no Delito de Opinião).


Dá que pensar, de facto. Menos no PS, aparentemente, onde já quase ninguém se lembra de nada. Por mim, acho que é cedo para se tirar uma conclusão tão definitiva. Por isso lhe disse:
Tomás, se as coisas fossem assim tão claras, eu tb me recusava a votar Alegre desta vez. Não são. Temos tempo de ver se Alegre está mesmo "a reboque" de Louçã ou se isso não passa de "um boato da reacção". Depois não entendo o que é que Nobre tem de melhor. É/foi apoiante, militante, propagandista do Bloco, com um primarismo que fazia dó. Nas últimas eleições. Quando o Alegre, apesar de tudo, apelava ao voto no PS.