sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Rui Rio sobre o Ministério Público

Bravo

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A República da Catalunha venceu a Monarquia de Madrid por 78 a 57 deputados eleitos...

... e por 55% a 43,5% dos votos expressos. De facto JuntsxCat, ERC, CUP e CatComú Podem, todos se pronunciaram contra o estado de excepção imposto à Catalunha por Rajoy, Sanchez e Rivera , a coberto do art. 155º da Constituição do Reino de Espanha. Os partidários desta Espanha monárquica, autoritária, persecutória perderam em toda a linha. O partido de Mariano Rajoy, que governa em Madrid, fez 3 deputados em 135, é a sétima força no Parlamento da Catalunha...

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Mais uma vítima com condenação anunciada e a bênção antecipada de vários desembargadores

Desde o princípio deste processo (a capa da revista, supra, tem quase dois anos) que se tornou patente que a juíza Joana Ferrer Antunes estava determinada a absolver “o senhor professor”, assim se dirigia ao réu Manuel Maria Carrilho, enquanto tratava a queixosa pelo nome próprio, como se tivesse andado com ela na escola. Queria absolver e absolveu. Exactamente com os argumentos que usou contra Bárbara Guimarães no início “queixasses-te, não te queixaste…Ai queixas-te agora? Tarde piaste!”  

Era uma descompostura, que ela não tinha o direito de dar, ela, a juíza Joana (desculpe meritíssima que a trate pelo primeiro nome, como se tivesse andado consigo na escola, mas é assim que V. Exª trata as pessoas de que não gosta e eu também não gosto de si). Não tinha o direito de dar uma descompostura à antiga vedeta da Televisão, e não me diga que a tentação era muita, vedeta e mulher bonita, o protagonismo que isso lhe ia dar, não podia deixar fugir aquela oportunidade. Juíza Joana, não me diga tal, que os juízes estão obrigados a tratar com urbanidade os sujeitos processuais, não devem humilhar ninguém…

Só por isso é que o juiz Neto da Moura vai ter um processo disciplinar, conforme defendeu o conselheiro Mário Morgado, vice-Presidente do CSM, um homem corajoso, na resposta ao manifesto dos 20 desembargadores e conselheiros hoje aposentados, mas que no seu tempo, últimos 30-40 anos,  ergueram, alimentaram e ocuparam o poder sindical dos juízes, convém não esquecer.

Só por isso. Que tenha invocado “contra a mulher adúltera” a Bíblia e o Corão, além dos códigos sagrados dos nossos maiores, a isso, aparentemente, a hierarquia dos tribunais, e o seu poder disciplinar, nada tem a opor. Aquele Neto da Moura corre o risco de ser incomodado por má educação, tudo o resto cai porque o juiz é soberano, de assentar a sua decisão nas baboseiras que entender,  sejam leis revogadas sejam ensinamentos caducos de várias religiões...


 Esta “Neta da Moura”, nem um processo por má educação arrisca. Duas vezes pediu a queixosa o afastamento da juíza Joana, duas vezes a Relação considerou que a juíza Joana é que tinha razão. Parti-pris? Falta de isenção? Rivalidades e/ou invejas que lhe toldavam o espírito? Nada disso: por duas vezes os meritíssimos desembargadores da Relação de Lisboa deram razão ao comportamento agressivo da juíza Joana: que raio de mulher és tu que não te queixaste logo no início?! Avalizaram. Subscreveram esta condenação anunciada da vítima e o branqueamento do comportamento do Senhor Professor. É a Justiça que temos

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Ombú: farol das pampas e menina bonita de Lisboa

 Bela-sombra lhe chamam por cá, Phytolacca dioica, para os entendidos. A mim soa-me melhor o nome de ombú que lhe é dado há séculos pelos índios Guarani, ombú que para eles é sinónimo de vulto ou sombra, ombú sejas, neste texto que é meu ombú ficas.

 Ombú planta herbácea de caule esponjoso, que pode facilmente ser cortado à faca, dele brotando uma seiva mal-cheirosa, um veneno, que afasta os insectos e evita os herbívoros. As folhas, porém, podem ser usadas como laxativos ou purgantes, na medicina tradicional, para o gado como para os humanos.  O fruto do ombú é uma baga com reentrâncias, de casca amarelada e polpa macia e suculenta, em cachos, como se vê aqui:

 Ombú símbolo da cultura gaúcha, do Uruguai e da Argentina, que se deixa ver de longe e providencia abrigo contra a chuva e o sol, uma bela-sombra, com o sol a pique, isolada e altaneira. Serve de guia aos ganadeiros perdidos nas planícies e por isso lhe dão por lá o carinhoso epíteto de farol das pampasPor lá, farol das pampas, por cá, eu te baptizo, menina-bonita de Lisboa.
 Que seis vezes seis mereceu já o nobiliárquico título de "árvore classificada", património municipal, o que lhe dá direito a tratamento especial: na Praça de Damão ao Restelo (onde tirei estas fotos),

 no Campo de Santana (2 exemplares), na Praça António Sardinha à Penha de França, no Jardim António Feijó aos Anjos, na Quinta Nova da Conceição em Benfica, e ainda  no Largo do Limoeiro... Precisamente, aquele exemplar muito fotografado pelos turistas, ali num canto, a ver passar o eléctrico 28, de vigia à entrada da antiga cadeia do Limoeiro e com vista para o Aljube, a uma centena de metros, é um ombú. 
O que não terá ele visto ao longo dos tempos! Quanto nos poderia contar o ombú, se o deixassem falar, das prisões e desgraças que testemunhou. Artur, Zé Manel, tantos outros, o ombú viu-vos, estava à coca, naquelas madrugadas em que PIDE irrompeu por Vossas casas à hora do leiteiro e vos levou para os curros do Aljube por tempo indeterminado... Enfim, não sei se terá sido por isso, mas o ombú, bela-sombra, farol das pampas, muito bem adaptado aos ares da cidade, seis vezes já ganhou o título de nobreza municipal. Sexacampeão, nenhuma outra árvore, ou clube, se lhe compara.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Mas ké ké isto ó meu?



Maria do Céu Machado, Presidente do Infarmed ao Público de hoje segunda feira, 27/11/2017: "No dia seguinte (quarta-feira) estivemos no seu gabinete: conselho directivo, comissão de trabalhadores, o ministro e a assessora jurídica.
O senhor ministro disse que percebia, de certa forma, que isto era uma notícia surpresa e que não era uma decisão, era uma intenção. Várias vezes repetiu isso."
Confirma, sr. Ministro da Saúde? Ou andamos a brincar?

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Adeus até ao meu regresso!

Já cá não vinha há mais de 5 anos. Pensei que nenhum blogue se mantinha no ar ao fim de seis meses de inactividade, aparentemente enganei-me: se este post passar, ainda estou para ver, enganei-me mesmo. E vou ter de pensar melhor se reato o fio à meada ou promovo o hara-kiri final do blogue.
Está aí alguém?
Querem ouvir falar de política? E de futebol? E se fosse de botânica, hem?! Tenho andado embevecido estes últimos tempos pelas ruas de Lisboa a olhar para cima. Olhar para cima - é a palavra de ordem de mim para mim neste momento. Olha esta é uma Tipuana tipu, o orgulho da Bolívia, temos tantas. Aquela é uma Liquidambar styraciflua, que dá uma resina saborosa, mastigável, os índios da América que o digam, terá sido mesmo esta resina a origem e inspiração da pastilha elástica E sobretudo as liquidâmbares aqui da Avenida João XXI estão a ficar lindas à medida que o Outono vai avançando. Querem que vos mostre? Ainda hoje tirei fotografias. Querem lá saber?! Bem me parecia.
Adeus até ao meu regresso.

sábado, 18 de agosto de 2012

Nous sommes tous des Poussy Riot

Que houvesse uma reprimenda, uma multa... é como o outro. Agora este processo? Uma condenação deste calibre? De la prison pour une chanson - é um escândalo, cheira a União Soviètica, protestar é preciso. Contra este novo "processo de Moscovo". Contra a barbárie de uma sentença destas. Há que atirar-lhes à cara, adaptando-o, o slogan de Maio de 68: "Nous sommes tous des Poussy Riot". Para quando a manifestação? Eu vou.

sábado, 4 de agosto de 2012

Juiza quis gozar com Rui Rio

Só pode. Ao intimar Rui Rio em pleno mês de Agosto para comparecer em tribunal para se apurar se é ou não "um fdp", ou se fdp pode querer dizer "fanático dos popós", a juiza do tribunal cível do Porto sabia, a menos que seja tonta, que assim ia fazer do Presidente da Câmara alvo da chacota "popular". A partir de agora, numa cidade como o Porto, chamar fdp a Rui Rio será um gozo pegado, e uma ofensa livre e gratuita, como já era chamar-lhe energúmeno, tanto mais que a dita juíza estabeleceu na sentença que os ditos popós são "o hobby" de Rui Rio.
Não, não foi falta de senso, tão pouco foi  para decidir que fdp significa normalmente no Porto filho da puta, isso a juiza já sabia, não precisava para nada de chamar Rui Rio, nem de convocar a imprensa toda, ela ou alguém por ela. O objectivo só pode ter sido humilhar um titular de um cargo político e dar livre curso, atear o fogo, a uma piada bem urdida. Como há oito anos fazem os juízes do caso Freeport em relação a José Sócrates. Não têm tomates para dar como provado o que quer que seja contra os políticos que tomam de ponta. Mas  não se cansam de criar factos políticos, à maneira de Marcelo.Inventam pretextos, humilham, chateiam, perseguem. Até à exaustão.
Existe um órgão próprio, o mesmo é dizer corporativo, que é responsável pelo decoro, bom nome e disciplina dos juízes? Vão por mim: não existe. Tremei, ó gentes! Um juiz faz o que lhe apetece e sobra-lhe tempo. Pode ser muito grave.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A culpa do fogo-posto na Luz é do Luís Filipe Vieira...

Lembram-se da Luz a arder, crime de fogo posto cometido por adeptos do Sporting a 26 de Novembro, depois de uma semana de histeria, intensa apologia do crime, em cujos actos preparatórios se notabilizaram entre outros o presidente da assembleia-geral Eduardo Barroso, nas televisões, o vice-presidente operacional Paulo Pereira Cristóvão, que cuspiu raios e coriscos já com as brigadas incendiárias em acção no terreno, e ainda, aparentemente, por Luís Duque, o responsável pela SAD do Sporting, que se pegou com os dirigentes do Benfica no final? Um jogo dirigido por um tal João Capela, que expulsou Óscar Cardoso por ter dado um murro na relva, lembram-se?

Pois, meus meninos, por mais incrível que pareça. quem foi castigado, ou apenas repreendido, ou tão somente objecto de atenção da FPF ou da Liga, não foi o árbitro burro e incompetente, pelo menos, nem os adeptos criminosos que incendiaram o Estádio depois da derrota, imagens que correram mundo, nem os dirigentes do Sporting que denodadamente contribuíram para tudo isso, ateando o fogo, ao longo de mais de uma semana, não senhor. O castigado com 45 dias de suspensão, ao fim de oito meses de um processo, estranhíssimo, foi Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica.

45 dias de suspensão porque não gostou de ver o Estádio a arder e terá sido inconveniente para o Sr Luís Duque, vereador em Sintra, personalidade do CDS, amigo do peito de Pinto da Costa (e do instrutor do processo?). Mais nada.

Uma verdadeira infâmia, mais uma, dos dirigentes do futebol que temos.

A dor da Espanha num cartoon do Economist

...muito bem esgalhado. O artigo também tem muito interesse.