quarta-feira, 14 de julho de 2010

Carlos Queiroz como João Rendeiro

Queiroz é o nosso "Senhor 10%", 10% de tudo quanto a FIFA pagou e há-de pagar à Federação Portuguesa de Futebol pela participação portuguesa no Mundial, o que segundo cálculos por baixo deverá ascender a 720 mil Euros, obviamente a somar ao ordenado que recebe e vai continuar a receber, o qual é só quinze vezes maior do que o maior ordenado da função pública e da política, o salário do Presidente da República.

O prémio do nosso "Senhor 10%" (nem Calouste Gulbenkian, no seu tempo, chegou a tão grande percentagem!) é um prémio pela má figura. Como aqueles maus gestores, género João Rendeiro, que só no ano de 2008, em que levou o BPP à falência, recebeu prémios de produtividade que ascenderam a três milhões de Euros, decididos e votados por outros Madails. Que agora pagamos nós. Como havemos de pagar os prejuízos da FPF, que, para pagar prémios desses ao senhor Queiroz, tem os privilégios fiscais e os subsídios próprios de uma instituição de utilidade pública.

Claro que a FPF tem mesmo uma estrutura amadora, só pode, senão não encaixava os vexames deste boy de luxo, dono do aparelho futebolístico e provocador emérito. Que todos os dias faz mais um ataque ao Cristiano Ronaldo a desviar as atenções da sua própria incompetência. Madail paga tudo, que não lhe custa a ganhar. Como aqueles que pagaram indemnizações milionárias e reformas vitalícias aos maus gestores do BPN e/ou do BCP.

Se fosse na América, Queiroz arriscava-se a ouvir o que os seus amigos da AIG (patrocinadores do Manchester United) ouviram um membro da administração Obama: que se houvesse "um Prémio Nobel das Coisas Más" ele bem o tinha merecido.

E não é só que entre nós a Asneira compensa. Ainda por cima vamos ter que continuar a aturá-lo. Com o apoio da sua rede de escribas, dos Madails, dos Bettencourts, dos Tonis, e todos os que têm fome e sede protagonismo e não há maneira de serem saciados.

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