quinta-feira, 29 de julho de 2010

Afinal no Público "a luta continua...


Bem me parecia que a coisa não podia ficar assim. Passadas 24 horas, no Público, no dia em que ficou à vista o bom negócio que eng. Belmiro podia ter feito se a OPA sobre a PT tivesse tido sucesso, está tudo como dantes no que à investigação do Freeport diz respeito. Sócrates ilibado? Porque os procuradores Paes Faria e Vítor Magalhães, afinal, não tiveram tempo de ouvir José Sócrates.

Pasme-se: não tiveram tempo, ao fim de dez anos, culpa do Procurador Geral da República que finalmente terá imposto um prazo ─ argumenta o grande repórter do Público José António Cerejo, assistente no processo, assim como o advogado do Bibi e o ex-autarca do CDS/PP em Alcochete Zeferino Boal. Que ninguém se esqueça deles! Não foi só a Manuela Moura Guedes e a TVI que alimentaram as calúnias e delas tiraram proveito, jornalístico.

Pois é assim mesmo: não tiveram tempo os investigadores, perceberam?. Razão, leia-se, tinha o Presidente da República para sublinhar que a Justiça tem o seu ritmo próprio e não pode ser pressionada. E não têm razão nenhuma, entre outros, Pedro Passos Coelho e Francisco Louçã, ao defenderem que "as investigações aos crimes económicos devem ser rápidas e seguir o rasto do dinheiro e não demorarem quase uma dezena de anos como aconteceu com os casos Freeport e BCP".

Os investigadores não tiveram tempo, o PGR não deixou, mas o camarada Cerejo tem tempo e não vai deixar passar a oportunidade:
Sr. Cerejo , força. Estamos consigo!. 28.07.2010 14:07
Avance, sr. JAC
Acredito infinitamente mais no sr. jornalista José António Cerejo e na sua honestidade que na de qualquer licenciado ao Domingo na UI com inglês técnico tirado por fax e que fez projectos de umas lindas casinhas em Cavadoude, Rapoula e Valhelhas.
É o que lhe diz um dos seus anónimos, logo no primeiro artigo a seguir ao arquivamento, a lamentar que afinal tudo tenha terminado numa acusação de tentativa de extorsão que "tudo não terá passado de uma maquinação dos dois consultores, que terão criado um complexo enredo de alegados pagamentos de luvas para justificar as verbas que exigiram aos promotores do Freeport".

Quem será o anónimo apoiante de Cerejo? José Manuel Fernandes, que perdeu a direcção do Público? Belmiro de Azevedo, que perdeu a OPA da PT? Miguel Urbano Rodrigues que perdeu aquela guerra contra Sá Carneiro mas ainda hoje está convencido que ele devia 33 mil contos à banca nacionalizada?

Pouco importa quem seja. "A luta continua, Barreto para a rua" e viva a reforma agrária, o controlo operário e as nacionalizações!

1 comentário:

  1. Politica canalha

    Assente e aceite, baseada em lugares comuns, engodo fácil para néscios e gente amoral,
    está a utilização sistemática da insídia, da calúnia, do vilipêndio para atingir adversários
    políticos, vender jornais, gastar horas de televisão e, enquanto dura, promover figuras
    públicas, com estatuto de «justiceiros». Algumas pessoas, que, passada a «onda»,
    voltam necessariamente à vulgaridade.
    São conhecidos os jornalistas, comentadores e pivôs de televisão que alimentam estes
    processos.
    Cientes das «verdades» insofismáveis de ditados populares como «não há fumo sem
    fogo», «quem anda à chuva é que se alaga» etc., e cientes do peso que estes têm
    na formação do pensamento dos mais incautos, lá estão eles sempre disponíveis,
    pressurosamente disponíveis, para nos dar conta da «riqueza» do seu pensamento
    enquanto arrastam a barriga pela lama, numa volúpia irreprimível.
    Bom, assim é, assim será. Agora, o que não se pode esquecer e perdoar é uma
    campanha política para as eleições europeias e legislativas conduzida na base
    destas «técnicas» e que teve como protagonistas a anterior direcção do PSD, presidida
    por Manuela Ferreira Leite e assessorada por Pacheco Pereira.

    Politica canalha.

    Para memória futura.

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