En estos primeros meses de 2010 la orientación ha cambiado: los que exageraron el optimismo y la confianza en el auge pasado ahora exageran, notoriamente, el pesimismo sobre la solvencia de las deudas públicas y privadas de un cierto número de países.
Lo mismo que hubo mucha gente que ganó dinero insuflando alegría a espuertas entre los inversores y los bancos, en esta delicada fase de incipiente recuperación económica y perentorias necesidades financieras, la propagación del pesimismo aumenta las primas de riesgo de los prestamistas de toda clase.
Es obvio que esto aumenta el coste de los créditos a los países que más los necesitan, neutralizando una parte del esfuerzo de los bancos centrales por mantener bajos tipos de interés, para impulsar la salida de la crisis. Es el paraíso de los especuladores bajistas
sexta-feira, 21 de maio de 2010
As agências criaram os paraísos da especulação
Conspiração? Uma boca de Francisco Louçã? Não. Está tudo neste artigo de Miguel Boyer no El País publicado há duas semanas que só agora descobri. Sabem quem é o Miguel Boyer? O marido da Preysler? Também. Mas não esqueçam que foi ministro da Economia e das Finanças de Felipe Gonzalez, é um dos grandes impulsionadores do boom económico espanhol dos anos 80, esteve/está ligado à banca, é muito apreciado por Aznar, tem fama de conservador. E de competente.
Isto diz Boyer. Que "as agências de valoração", no passado, contribuíram poderosamente para a crise, sobrevalorizando e fazendo vender os hoje chamados activos tóxicos, a que davam na altura as máximas classificações AAA. Foram assim dos principais responsáveis ─ juntamente com a falta de regulação, o "menos Estado melhor Estado" (lembram-se?) ─, da bolha imobiliária americana e da euforia geral das bolsas.
Que fazem agora as mesmas agências de valoração? Vale a pena ler o que diz Boyer:
Em suma, propagando o optimismo balofo, enganaram os investidores e as instituições de crédito, que afundaram, mas encheram os bolsos dos especuladores, que ganharam rios de dinheiro a vender gato por lebre. Agora, exagerando o pessimismo, aumentam as margens de lucro dos mesmos especuladores, chamados a emprestar.
Razão teve Angela Merkel ao proibir a compra, a descoberto, dos títulos de tesouro alemães. Porque, como bem se compreende, é ganhar dinheiro apostando no desastre, empurrando para o desastre. Razão tem Obama ao pretender pôr nos carris os tubarães da Wall Street. Canalha!
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