sábado, 11 de dezembro de 2010

E nós, e nós, e nós?! Ficamos na mesma.


Os liquidatários da empresa do burlão americano Bernard L. Madoff, depois de lhe terem executado todo o património próprio, correram atrás dos favores a amigos: acabam de processar na Áustria o Bank Medici AG e a sua fundadora Sonja Kohn a quem exigem 58,8 mil milhões de dólares.

Em Portugal, no caso do BPP e do seu fundador João Rendeiro, o seu advogado José Miguel Júdice arma um pé-de-vento na SIC por causa de uma perquisição a casa do arguido, telefona pessoalmente ao director da PJ a queixar-se dos inspectores, sempre com grande cobertura televisiva (ou não fosse o principal accionista do BPP o dono de um canal!) e quando é noticiada a descoberta de uma enorme colecção de obras de arte na casa do próprio logo se proclama aos quatro ventos (nos quatro canais!) que a colecção não é dele, que o banqueiro por assim dizer não passa de um fiel de armazém, e ficamos assim.

Também ficamos na mesma quanto aos beneficiários da burla do BPN, sempre a investigar sem chegarmos a lado nenhum, no caso do BPN e do seu fundador Dias Loureiro, que se limitou a deslocar a sua actividade empreendedora para Cabo Verde, que é mais perto do que Porto Rico mas menos atingível, como se provou com o chamado Banco Insular inventado pelo grupo do BPN para arcar com os prejuízos, causados pelo núcleo duro dos amigos de Cavaco Silva.


1 comentário:

  1. Nós ficamos na mesma, mas bem longe deles ( onde sempre estivemos felizmente, estou a falar de mim, claro)mas deixamos aos nossos filhos uma coisa que eles não sabem o que significa: cara levantada, coluna vertebral erguida, honra, vergonha na cara e orgulho nas suas origens.

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