quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cantar ou não cantar o hino ─ eis a questão

Michel Platini, antiga glória do futebol francês, actual presidente da UEFA, declara alto e bom som que nunca cantou o hino e não é por isso que ama menos a França: "La Marseillaise (...) c'est un hymne guerrier qui n'a rien à voir avec le jeu, la joie du football. Les onze en face de nous, sur le terrain, ils ne venaient pas 'égorger nos fils et nos compagnes', ils voulaient juste nous prendre le ballon."

Ridículo, de facto: "Os onze do outro lado não vêm degolar as nossas mulheres e filhos, querem apenas tirar-nos a bola". Mutatis mutandis, a Portuguesa que se inspirou Marselhesa, é igualmente ridícula. Faz algum sentido porem-se os rapazes p'ràlí a gritar "Às armas, às armas", a prometer e jurar que vão "marchar contra os canhões marchar, marchar"?

Primeiro, marchar contra canhões é uma estupidez táctica e técnica, como se comprovou na I Guerra Mundial, mais vale fintá-los. Segundo, é anda pior do que o original de 1891, onde era contra os saxões que se marchava por causa do Ultimatum Inglês que nos tirava os territórios do "Mapa Cor-de-Rosa". Mais sentido faria na actualidade "contra os prussianos, marchar, marchar" por causa do Ultimatum dos Mercados que nos põe a pão e água.

Pois ridículo é e não faz sentido nenhum. Et pourtant... "Senhor, a teus pés eu confesso", eu gosto de ver os nossos jogadores a cantar o hino antes de um desafio internacional. Parece que dá sorte, sei lá!

1 comentário: