O "agachamento" do Executivo já tinha começado com a promoção de Ana Jorge, a ministra da Gripe C, a Gripe da Comunicação, que ela promove há meses com as suas aparições dia sim dia não na Televisão e é tudo o que faz. Sócrates promoveu-a a cabeça de lista por Coimbra. E foi em Coimbra, não sei se repararam, que o PS teve o seu pior resultado: perdeu metade, 3 em 6, dos seus deputados. Como "prémio" continua ministra. Imposta pela Ordem dos Médicos e por Manuel Alegre, que estranha aliança!
O "agachamento" perante os lóbies já começou a vir ao de cima na Educação, onde a ministra Alçada, contradizendo o Primeiro-Ministro durante o próprio debate do programa de Governo, não se coibiu de disparar, e disparatar, contra a equipa em que é suposto jogar. A Ministra Alçada é em minha opinião um erro de "casting", não tarda a enterrar, de vez, o pouco que resta das marcas de carácter, coragem e determinação que deram duas vitórias a José Sócrates.
Este Governo é fraco, como se viu, o Presidente está cada vez mais abespinhado, agressivo e dissimulado, a tentar cavar a sepultura do Governo e a insistir nas suas teses económicas "únicas e exclusivas". Pode ser que receba um Nobel da Economia, mas depois de empurrar o País para um buraco de que não sairemos tão cedo.
A guerrilha anterior às eleições está a regressar a todo o vapor. Ouviram as diatribes de João Palma contra o PGR e as reacções exacerbadas de António Martins contra "o seu" (nosso é que não é!) Conselho Superior da Magistratura? Dá medo! Hoje em Portugal qualquer cidadão sabe que não basta ser sério, cumpridor, amigo de todos, generoso e exigente, consigo próprio, tolerante, justo. Se cair nas "malhas da Justiça" pode ser destruído num ápice! Que a Justiça é uma lotaria, senão é que... está entregue aos bichos!
Quando os sindicalistas fazem a lei, como acontece na Justiça (e se prepara na Educação, numa aliança histórica da extrema esquerda com a extrema direita parlamentares, com o aval do extremo Presidente que temos) o que os cidadãos podem fazer é mesmo... meter-se em casa, que a rua ocupa-a quem as TVs querem, e ter medo.
Talvez seja isso a tal "asfixia democrática" que como na fábula do lobo alguns começaram por atribuir aos outros.
De qualquer maneira, em Janeiro, se lá chegarmos com vida, "chumba" o Orçamento e, embora isso não seja automático, cai o Governo, três meses são suficientes para desgastar este governo flagelado. Sobretudo se, como lhe recomendou Francisco Assis, entre a espada e a parede preferir a espada, que sempre é uma morte mais digna e a preferida de Sócrates, ouvi-o dizer, na longa marcha da co-incineração.
Portas e Louçã já começaram a queixar-se desta potencial tentação do Governo para resistir de cabeça alta às manigâncias que ambos lhe preparam. Se preferir morrer como touro na arena, em vez de ficar bandarilhado, a sofrer, por tempo indeterminado, é certo e sabido que... a culpa será do touro... O que povo quer é espectáculo.
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