quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Quando a Montanha vem a Maomé

Imagine, dentro de uns dez-vinte anos, naqueles terrenos do Aeroporto da Portela, enfim desactivado, uma montanha de mil metros de altura, com
  • neve e estâncias de ski de Outubro a Março,
  • escarpas rústicas com cabrinhas a saltitar de rocha em rocha,
  • falésias com dezenas de metros prontas para serem escaladas,
  • algumas quedas de água, especialmente concebidas para amenizar o clima nos picos do Verão,
  • um riacho a cantar pelo monte abaixo,
  • carreiros pelo monte acima para passeios pedonais,
  • um teleférico, para os preguiçosos, ou um bondinho, como no "Cristo-Rei do Brasil", a serpentear por entre as árvores agarradas às rochas a levar-nos lá acima,
  • miradouros, que nem o de Santa Luzia,
  • casas de artes e convívio, a ver a cidade, que nem o Santiago Alquimista,
  • e tudo o mais que lhe passa pela cabeça como parte de uma montanha afável a construir por homens bem dispostos e não pelos míseros e mesquinhos, que dizem mal de tudo, que falam de cátedra, dos púlpitos do escárnio e mal-dizer, nos "mentideros" das rádios e das televisões.

Imagine, uma vez sem exemplo, pense pela sua cabeça, sonhe, que diabo, não custa nada! Bem sei que a Helena Roseta não deixa, e muito menos o Sá Fernandes, que combateram o túnel do Marquês, que ia ser uma tragédia, lembram-se?, quanto mais uma ideia dessas, arrojada que se farta!

Pois uma ideias dessas esta a fazer o seu caminho em Berlim. Abriu-se um concurso de ideias, já começaram a circular as fotografias de como vai ser. Delicie-se com elas. Envie-se a si próprio um postal de Berlim, com o futuro à vista. Agora que erigiram todos aqueles edifícios fantásticos naquela parte dos bairros destruídos para que os berlinenses não pudessem aproximar-se do Muro de Berlim, os berlinenses não param de sonhar, não param de sonhar, camaradas.

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