A campanha de Alegre patina, não sai do sítio, que o punho do PS não se levanta. Por este andar, vamos ter Cavaco eleito com mais de 60% à primeira volta, o que tendo em conta o desempenho do personagem é uma vergonha para todos os oponentes. "Os mais próximos companheiros de armas de Manuel Alegre" já começam a alijar as próprias responsabilidades e a apontar para o lado: a culpa, obviamente, é de Sócrates e do seu PS, deles é que não.
Ana Gomes (sem link, que o não merece) foi a primeira a espingardar: "Remodele, JÁ". Sócrates não lhe fez a vontade, pagará por isso. O motim continuou com o próprio MNE Luís Amado a exigir ser remodelado, o que só peca por tardio, devia ter exigido isso mesmo no dia a seguir às eleições, que não é curial um governo minoritário arcar sozinho com a impopularidade das medidas a tomar.
"Motim, Sire? Mas isto é uma revolução". Agora, é Vera Jardim, um bispo do PS, habitual pregador na Renascença, a dedicar a Sócrates uma homilia dominical: "remodele, já". En passant, é porque Sócrates não remodelou, ainda, que o PS assobia para o lado e não há maneira de se empolgar com Alegre e os eleitores também não.
A campanha de Alegre, de facto, não sai da cepa torta. E quem vai pagar as favas é Sócrates e o seu PS. Marcelo Rebelo de Sousa, analista isento (o que a gente se ri...), logo saltou sobre esta oportunidade de matar dois coelhos de uma cajadada: enterrar Alegre e acirrar as intrigas do PS: "Remodelação já, este Governo não vai lá"
Rima, está encontrada a palavra de ordem, a procissão ainda vai no adro. Maria de Belém deve ser a próxima fazer de grande educadora do Primeiro-Ministro.
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