quinta-feira, 22 de abril de 2010

FMI a reboque dos comunistas portugueses



O director do DN fala em sinais contraditórios vindos do principal partido da Oposição. Não estou de acordo. A verdadeira contradição, que existe, não vêm da comparação entre o aparente relacionamento civilizado de Passos Coelho com Sócrates e as propostas do PSD para uma poupança de 1700 milhões de euros. Que estas propostas foram feitas no tom certo, valem o que valem, o que não vale é dizer que o CDS e o PCP já tinham proposto estes cortes antes. O PCP, designadamente, nunca propõe cortes a valer, limita-se a anunciar catástrofes todos os dias, quanto pior melhor: agora até aplaude as conclusões a que chega o FMI alegadamente a reboque dos comunistas portugueses.

Os sinais contraditórios vêm da comparação necessária do posicionamento do novo líder do PSD com o abespinhamento irritante de deputados do mesmo partido, como Pacheco Pereira e Agostinho Branquinho, na comissão de inquérito ao Primeiro-Ministro, que tornam aquelas sessões da Assembleia um espectáculo de escárnio e mal-dizer, que dá vómitos.

Sabemos que os relatórios das agências internacionais, incluindo os do FMI, são elaborados com citações a granel de políticos e comentaristas portugueses, a calcar o Governo, a tratá-lo todos os dias como associação de malfeitores. O Povo gosta?

O Povo é quem mais ordena dentro de ti, ó cidade, 25 de Abril, sempre! Temos a extrema esquerda parlamentar mais numerosa da Europa. Não se pode estranhar que seja o Bloco de Esquerda e o PCP a ditarem as regras. Não é só o FMI que vai a reboque dos comunistas portugueses. Pacheco Pereira, também, está-lhe no sangue.


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