Os cavaquistas estão a perder discernimento: tentam confundir milhares com milhares de milhões (os 1.500 Euros de Alegre com os mais de 2.000 milhões do BPN), a compra e venda do trabalho de um escritor com a compra e venda da notoriedade e prestígio de um antigo Primeiro-Ministro, que tb meteu a família ao barulho.
Os cavaquistas estão a branquear-se, a eles próprios, a desvalorizar, a tentar apagar, os que se aproveitaram da fraude, em créditos fraudulentos a accionistas, hoje mal parados, oferecimento de acções por baixo da mesa ou abaixo do preço para pouco tempo depois aceitar a recompra das acções com lucros escandalosos.
Muitas personalidades, jornalistas, escritores, escreveram para a célebre campanha do BPP que teve como mote o valor do dinheiro. Clara Ferreira Alves contou ontem no Eixo do Mal como foi contactado, discutiu o preço, escreveu o texto, e foi paga por isso, aliás mal paga, considera, os escritores neste País não têm a consideração que merecem.
A única diferença com Manuel Alegre é que este mais tarde se apercebeu do uso do texto e se arrependeu de ter recebido o dinheiro, tentando devolvê-lo, só que o BPP de Rendeiro não aceitou a devolução, e isso serviu hoje para fazer a primeira página do i, é a ocasião esperada para um tal Manuel Rendeiro, aqui no ionline, tentar enterrar Alegre. Faz sentido.
Mas por muito que estiquem os 1500 € e as confusões, e escrúpulos, de Alegre com o caso, não conseguem fazer deles 1500 milhões. E foram bastante mais os créditos a fundo perdido, as falsas mais valias, o fartar vilanagem que vigorou no BPN. A que Cavaco Silva e família deram o nome, emprestaram prestígio e credibilidade. E foram por isso principescamente pagos.
E isso é politicamente relevante, em qualquer parte do Mundo, não serve de nada gritar que vem aí lobo, o lobo está dentro do redil e vai querer comer todas as ovelhas que puder. Basta ver como os membros da sua comissão de honra defendem desesperadamente o chefe. Que a vitória do chefe é a oportunidade esperada de voltarem a comer da gamela. Do BPN e do Orçamento de Estado.
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