sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Até que enfim: "Médicos perdem hoje a guerra dos genéricos"

Será desta? A prescrição por denominação comum internacional é obrigatória na Europa há mais de 20 anos, onde o médico apenas se preocupa da substância activa para tratar a doença, não age como defensor exclusivo, propagandista, beneficiário, de nenhuma marca em particular.

Será diferente desta vez? É uma guerra que em Portugal vem dos tempos de Leonor Beleza, que também por isso teve o lobby dos médicos, e das multinacionais dos medicamentos, à perna. Foi corrida. Por Cavaco Silva. O mesmo que ainda há um ano vetou um diploma nesse sentido, que tivera a oposição da Ordem dos Médicos, pois claro, mas também do PSD e do CDS.

Será diferente desta vez? Foram 25 anos perdidos, 25 anos a financiar interesses esconsos, 25 anos a afundar o SNS e a tirar do bolso dos utentes, tratados como incapazes, sem o direito de serem informados e fazerem as suas escolhas.

Será desta? A Ordem, os laboratórios (e as agências de viagens?), vão continuar ainda algum tempo a tentar semear o pânico junto dos doentes. E na Presidência da República está a mesma personalidade que sempre tem aparecido nesta guerra quando é preciso, como último recurso. Sendo que não há almoços grátis, em troca de quê?

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