quarta-feira, 23 de março de 2011

A solução para a crise: Criar dois, três, muitos BPN's

Nunca tantos falaram tão mal da gente. Em poucos minutos a notícia deu a volta ao Planeta. Portugal é notícia nos antípodas:

Melbourne AgePortugal struck by new debt turmoil on summit's eve

Causa perplexidade no Yahoo, via AFP:
LISBON (AFP) – Portuguese Prime Minister Jose Socrates resigned Wednesday on the eve of a key EU summit on the eurozone debt crisis after parliament rejected his minority government's latest austerity plan(...)
A nossa fama atinge as Américas, do Canadá...
...ao Brasil
Estado de S. Paulo: Premiê português renuncia após veto à proposta do governo de ajuste fiscal

Belo título, hem, no maior jornal do Brasil, são as potencialidades do acordo ortográfico sobre a língua portuguesa. Aí temos a queda do nosso "Premiê" a ombrear por asim dizer com o desaparecimento da Elisabeth Taylor ou com os incidenbtes dos bombardeamentos da Líbia.


Podem limpar as mãos à parede, os políticos como os media, portugueses. Repararam no chinfrim que a demissão de Sócrates desencadeou nas televisões? Que sentido de equilíbrio, para não dizer outra coisa. Como notou o Valupi é assim a modos que uma asfixia democrática à maneira:

Não há um único comentador ligado ao PS nas televisões a ditar sentenças acerca dos discursos da noite. Já só falta ilegalizar o partido.

Ainda hão-de chegar lá! O slogan de Guevara, que deu no que deu, era Criar dois, três, muitos Vietnames. Ganhando quem sabemos, com os patrocínios que se conhecem, o que ainda vai dar grandes dividendos neste País, as riquezas que se fazem em tempos de crise, vai ser
Criar dois, três, muitos BPN's
You ain't seen nothing yet, como dizia o Ronald Reagan.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Um Presidente enrascado


Viram as desculpas de mau pagador que o homem "postou" no facebook dele? É tudo uma questão de interpretação, diz ele: "abusiva ou distorcida". Obviamente, é sempre assim, não diz quem abusou dele e em quê. Ou o que das suas palavras sábias e justas foi distorcido e como. O que ele merecia sei eu!

Não se portou ele como um Presidente de facção em vez de assumir a representação de todos os portugueses? Faccioso foi desde o primeiro dia em vez de abrangente! Mesquinho e limitado em vez pessoa de ideias largas como se exige de um "máximo magistrado da Nação".

Por que carga de água é que pela primeira vez na história da democracia ape
nas um sector do Parlamento, aliás minoritário, aplaudiu o seu discurso? Ouviram mal e devem cumprir o castigo de ouvir tudo outra vez?

Razão tem o meu amigo Avelino Rodrigues, que me disse no facebook: O pior é metade do país, que lhe dá palmas e se revê naquelas lições de professor primário da província, que acha que descobriu a pólvora. Com mil pedidos de desculpa à província e aos professores.

Faccioso, provinciano, mesquinho, vingativo, demagogo, catastrofista, como lhe chamaou a imprensa lá fora. Portou-se como uma Deolinda, um daqueles Homens da Luta, que também ganharam uma eleição, como muito bem explicou o Eduardo Pitta. Manifestamente quis passar a mão pelo pelo da alegada "geração à rasca" e saiu da manobra... um Presidente enrascado.

Um desespero! E ainda faltam 1824 dias para o homem se ir embora.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Faltam 1826 dias para o homem se ir embora

Mais 5 anos de Cavaco, que pesadelo! São 60 meses, 1826 dias (que 2012 é bissexto!) de inventonas, (como a das escutas!), de queixas aos media, de lições de moral, de negócios de amigos, de vetos mesquinhos, de leis promulgadas mas descredibilizadas por si mesmo à nascença, de petulância, de política de bota-abaixo, de falta de coragem para demitir o Governo , se pensa o que está a dizer neste seu discurso de posse.

Fala com o rei na barriga, prega como Frei Tomás, olhai para o que eu digo não olheis para o que eu faço, "prioridade ao mérito sobre a filiação partidária", um desaforo total! E vamos ter de aturar isto por mais 1826 dias, e é bem feito, não devíamos ter ficado em casa mais de 53,48% de nós. Por isso 2.231.603 cavaquistas levaram a melhor sobre 9.656.797 eleitores inscritos.

1826 dias é uma eternidade, tenho dúvidas se conseguirei chegar ao fim desta apagada ew vil tristeza. Os meus filhos e netos chegarão, "jovens que não se revêem na forma de fazer política" deste personagem. É a vantagem de vivermos em República, "não há mal que sempre dure", um dia o homem há-de -se ir embora. São as minhas únicas "razões de esperança" neste dia de luto nacional.

terça-feira, 8 de março de 2011

Chama-se fascismo...


Invadir uma reunião interna de um partido político, como aconteceu ontem em Viseu, é uma prática introduzida há 90 anos em Itália pelos "fascios" de Mussolini, como contou Bertolucci, e chama-se fascismo, com todas as letras, e o resto são cantigas, mesmo que ganhem festivais, aliás pelo mesmo método de votação, e com o apoio dos mesmos animadores de blogues que fizeram de Salazar "o maior português de sempre" e Álvaro Cunhal "o segundo maior".

Pasma-se, mas não muito, com a cobertura simpática que alguns jornais dedicam à proeza de tais arruaceiros, desculpando-os e promovendo-os : "só queríamos expor a nossa palavra, ter um espaço onde pudéssemos falar, já que ninguém nos ouve" . A canalha de Mussolini que marchou sobre Roma em 1922 tinha um discurso igualzinho.

Fascismo em bicos de pés. Não admira que Alberto João Jardim esteja com eles.