...para a conquista da RTP.
Um dos livros que mais me impressionou, quando cheguei a França em 1966, foi a "Orchestre Rouge", do grande Gilles Perrault, que contava como um grupo determinado de militantes comunistas internacionais, liderados pelo intrépido Leopold Trepper, soube infiltrar-se nas linhas inimigas da informação e conseguiu avisar Moscovo da iminência da "Operação Barbarossa", a invasão nazi da URSS, apesar do Pacto Germano-Soviético.
Claro que Estáline não acreditou. Ou fez de conta e preferiu os nazis à portas de Moscovo e o sacrifício de muitos milhões de soviéticos. E no fim da Guerra apressou-se a mandar executar Trepper e todos os sobreviventes do "réseau" que regressaram à URSS. Mas isso é outra história.
Como o Mundo é pequeno e este nosso País também! Aí temos agora a Orquestra da Ongoing, com artistas sempre em trânsito da Loja Mozart para a bancada do PSD e desta para a direcção da Ongoing, ou para a direcção dos serviços secretos, ou para ambas as entidades, em simultâneo.
E tudo isto porquê? Por causa da privatização da RTP, que lhes está prometida. A eles, ao casal Moniz, ao Crespo, ao Fernando Lima, ao José Manuel Fernandes, ao ministro Relvas, ao António Barreto, ao Alberto João Jardim, ao Diabo, Correio da Manhã, todos juntos, numa televisão só para eles... É uma verdadeira Operação Barbarossa, outra vez. Infelizmente, fuzilaram o Trepper.
Correcção, em tempo: Afinal Trepper não chegou a ser fuzilado. Como relata o citado estudo da Wikipédia, "après la Seconde Guerre mondiale, les autorités soviétiques le font venir en Russie. Mais, au lieu de le récompenser, ils l’enferment dans la Loubianka. Après une vigoureuse défense de sa position, il évite l’exécution en raison d’amis bien placés, mais reste en prison jusqu’en 1955". E depois da publicação do livro de Perrault em 1967 a pressão internacional sobre as autoridades comunistas foi tanta que o deixaram emigrar para Israel onde morreu em 1982.
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