sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A República da Catalunha venceu a Monarquia de Madrid por 78 a 57 deputados eleitos...

... e por 55% a 43,5% dos votos expressos. De facto JuntsxCat, ERC, CUP e CatComú Podem, todos se pronunciaram contra o estado de excepção imposto à Catalunha por Rajoy, Sanchez e Rivera , a coberto do art. 155º da Constituição do Reino de Espanha. Os partidários desta Espanha monárquica, autoritária, persecutória perderam em toda a linha. O partido de Mariano Rajoy, que governa em Madrid, fez 3 deputados em 135, é a sétima força no Parlamento da Catalunha...

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Mais uma vítima com condenação anunciada e a bênção antecipada de vários desembargadores

Desde o princípio deste processo (a capa da revista, supra, tem quase dois anos) que se tornou patente que a juíza Joana Ferrer Antunes estava determinada a absolver “o senhor professor”, assim se dirigia ao réu Manuel Maria Carrilho, enquanto tratava a queixosa pelo nome próprio, como se tivesse andado com ela na escola. Queria absolver e absolveu. Exactamente com os argumentos que usou contra Bárbara Guimarães no início “queixasses-te, não te queixaste…Ai queixas-te agora? Tarde piaste!”  

Era uma descompostura, que ela não tinha o direito de dar, ela, a juíza Joana (desculpe meritíssima que a trate pelo primeiro nome, como se tivesse andado consigo na escola, mas é assim que V. Exª trata as pessoas de que não gosta e eu também não gosto de si). Não tinha o direito de dar uma descompostura à antiga vedeta da Televisão, e não me diga que a tentação era muita, vedeta e mulher bonita, o protagonismo que isso lhe ia dar, não podia deixar fugir aquela oportunidade. Juíza Joana, não me diga tal, que os juízes estão obrigados a tratar com urbanidade os sujeitos processuais, não devem humilhar ninguém…

Só por isso é que o juiz Neto da Moura vai ter um processo disciplinar, conforme defendeu o conselheiro Mário Morgado, vice-Presidente do CSM, um homem corajoso, na resposta ao manifesto dos 20 desembargadores e conselheiros hoje aposentados, mas que no seu tempo, últimos 30-40 anos,  ergueram, alimentaram e ocuparam o poder sindical dos juízes, convém não esquecer.

Só por isso. Que tenha invocado “contra a mulher adúltera” a Bíblia e o Corão, além dos códigos sagrados dos nossos maiores, a isso, aparentemente, a hierarquia dos tribunais, e o seu poder disciplinar, nada tem a opor. Aquele Neto da Moura corre o risco de ser incomodado por má educação, tudo o resto cai porque o juiz é soberano, de assentar a sua decisão nas baboseiras que entender,  sejam leis revogadas sejam ensinamentos caducos de várias religiões...


 Esta “Neta da Moura”, nem um processo por má educação arrisca. Duas vezes pediu a queixosa o afastamento da juíza Joana, duas vezes a Relação considerou que a juíza Joana é que tinha razão. Parti-pris? Falta de isenção? Rivalidades e/ou invejas que lhe toldavam o espírito? Nada disso: por duas vezes os meritíssimos desembargadores da Relação de Lisboa deram razão ao comportamento agressivo da juíza Joana: que raio de mulher és tu que não te queixaste logo no início?! Avalizaram. Subscreveram esta condenação anunciada da vítima e o branqueamento do comportamento do Senhor Professor. É a Justiça que temos

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Ombú: farol das pampas e menina bonita de Lisboa

 Bela-sombra lhe chamam por cá, Phytolacca dioica, para os entendidos. A mim soa-me melhor o nome de ombú que lhe é dado há séculos pelos índios Guarani, ombú que para eles é sinónimo de vulto ou sombra, ombú sejas, neste texto que é meu ombú ficas.

 Ombú planta herbácea de caule esponjoso, que pode facilmente ser cortado à faca, dele brotando uma seiva mal-cheirosa, um veneno, que afasta os insectos e evita os herbívoros. As folhas, porém, podem ser usadas como laxativos ou purgantes, na medicina tradicional, para o gado como para os humanos.  O fruto do ombú é uma baga com reentrâncias, de casca amarelada e polpa macia e suculenta, em cachos, como se vê aqui:

 Ombú símbolo da cultura gaúcha, do Uruguai e da Argentina, que se deixa ver de longe e providencia abrigo contra a chuva e o sol, uma bela-sombra, com o sol a pique, isolada e altaneira. Serve de guia aos ganadeiros perdidos nas planícies e por isso lhe dão por lá o carinhoso epíteto de farol das pampasPor lá, farol das pampas, por cá, eu te baptizo, menina-bonita de Lisboa.
 Que seis vezes seis mereceu já o nobiliárquico título de "árvore classificada", património municipal, o que lhe dá direito a tratamento especial: na Praça de Damão ao Restelo (onde tirei estas fotos),

 no Campo de Santana (2 exemplares), na Praça António Sardinha à Penha de França, no Jardim António Feijó aos Anjos, na Quinta Nova da Conceição em Benfica, e ainda  no Largo do Limoeiro... Precisamente, aquele exemplar muito fotografado pelos turistas, ali num canto, a ver passar o eléctrico 28, de vigia à entrada da antiga cadeia do Limoeiro e com vista para o Aljube, a uma centena de metros, é um ombú. 
O que não terá ele visto ao longo dos tempos! Quanto nos poderia contar o ombú, se o deixassem falar, das prisões e desgraças que testemunhou. Artur, Zé Manel, tantos outros, o ombú viu-vos, estava à coca, naquelas madrugadas em que PIDE irrompeu por Vossas casas à hora do leiteiro e vos levou para os curros do Aljube por tempo indeterminado... Enfim, não sei se terá sido por isso, mas o ombú, bela-sombra, farol das pampas, muito bem adaptado aos ares da cidade, seis vezes já ganhou o título de nobreza municipal. Sexacampeão, nenhuma outra árvore, ou clube, se lhe compara.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Mas ké ké isto ó meu?



Maria do Céu Machado, Presidente do Infarmed ao Público de hoje segunda feira, 27/11/2017: "No dia seguinte (quarta-feira) estivemos no seu gabinete: conselho directivo, comissão de trabalhadores, o ministro e a assessora jurídica.
O senhor ministro disse que percebia, de certa forma, que isto era uma notícia surpresa e que não era uma decisão, era uma intenção. Várias vezes repetiu isso."
Confirma, sr. Ministro da Saúde? Ou andamos a brincar?

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Adeus até ao meu regresso!

Já cá não vinha há mais de 5 anos. Pensei que nenhum blogue se mantinha no ar ao fim de seis meses de inactividade, aparentemente enganei-me: se este post passar, ainda estou para ver, enganei-me mesmo. E vou ter de pensar melhor se reato o fio à meada ou promovo o hara-kiri final do blogue.
Está aí alguém?
Querem ouvir falar de política? E de futebol? E se fosse de botânica, hem?! Tenho andado embevecido estes últimos tempos pelas ruas de Lisboa a olhar para cima. Olhar para cima - é a palavra de ordem de mim para mim neste momento. Olha esta é uma Tipuana tipu, o orgulho da Bolívia, temos tantas. Aquela é uma Liquidambar styraciflua, que dá uma resina saborosa, mastigável, os índios da América que o digam, terá sido mesmo esta resina a origem e inspiração da pastilha elástica E sobretudo as liquidâmbares aqui da Avenida João XXI estão a ficar lindas à medida que o Outono vai avançando. Querem que vos mostre? Ainda hoje tirei fotografias. Querem lá saber?! Bem me parecia.
Adeus até ao meu regresso.